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24/10/2022 às 00h48min - Atualizada em 24/10/2022 às 00h48min

Carro da Polícia Federal foi atingido por pelo menos 20 tiros disparados por Roberto Jefferson; veja imagens

Até o encosto de cabeça no banco da viatura policial tinha perfurações. Depois de horas de cerco feito por Polícia Federal, Polícia Militar e Batalhão de Operações Especiais (BOPE), o ex-deputado federal Roberto Jefferson foi preso

O Globo

Horas antes de ser preso pela Polícia Federal, o ex-deputado Roberto Jefferson disparou pelo menos 20 tiros de fuzil e lançou duas granadas contra o carro dos policiais federais neste domingo (23), segundo avaliação preliminar de policiais, baseada nas imagens de perfurações no carro. A perícia técnica criminal foi acionada e está sendo feita, inclusive na residência do político na cidade de Levy Gasparian. O laudo oficial ainda não foi divulgado.

As imagens mostram pelo menos 20 tiros na parte dianteira da viatura da Polícia Federal, sendo 13 deles no teto e sete no vidro blindado do carro. Fotos no interior do veículo mostram que no banco do carona há pelos menos quatro furos, inclusive no encosto de cabeça. Há também várias perfurações na lataria que cobre as portas do veículo. Dois policiais federais foram feridos pelos estilhaços de granadas lançadas por Roberto Jefferson, e segundo a PF, tiveram ferimentos leves.

Agentes que participaram da ação em Levy Gasparian disseram ainda que Roberto Jefferson teria usado um carregador de fuzil que, geralmente, comporta 50 projéteis.


Carro da Polícia Federal leva 20 tiros disparados por Roberto Jefferson

Depois de oito horas de cerco feito por Polícia Federal, Polícia Militar e Batalhão de Operações Especiais (BOPE), o ex-deputado federal Roberto Jefferson foi preso pela PF no começo da noite deste domingo.

A crise envolvendo Roberto Jefferson começou na sexta-feira, quando o ex-deputado gravou um vídeo atacando a ministra do TSE Cármen Lúcia. Jefferson acusou a magistrada de cometer suposta "censura prévia" e a chamou de "bruxa de Blair". No vídeo, o ex-parlamentar usa xingamentos contra a ministra.

Após a veiculação do vídeo, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão de Jefferson por descumprir medidas cautelares previstas na decisão que determinou sua prisão domiciliar, entre elas a utilização de redes sociais e o compartilhamento de notícias falsas. Na decisão, o magistrado destacou que Jefferson tentava tumultuar as eleições.

Na decisão que determinou a prisão do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), citou três ocasiões que exemplificam o descumprimento de medidas cautelares impostas. Segundo o magistrado, contrariando a decisão judicial que concedeu sua prisão domiciliar, Jefferson passou orientações a correligionários do PTB, concedeu entrevistas e compartilhou notícias falsas via redes sociais.

Em janeiro deste ano, o ex-parlamentar teve sua prisão preventiva no âmbito do inquérito das fake news convertida em domiciliar. Na ocasião, a Justiça determinou cinco medidas cautelares que deveriam ser cumpridas por ele: uso de tornozeleira eletrônica; proibição de qualquer comunicação exterior incluindo uso de redes sociais próprias ou de outras pessoas; proibição de receber visitas sem autorização judicial (exceto de familiares); proibição de conceder entrevista a menos que seja permitido pela Justiça; e proibição de se comunicar com outros investigados no inquérito que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas.



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