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Bruno Samudio dá entrevista emocionante: 'Quero que me conheçam pelos meus feitos'

15/09/2025 04h50 - Atualizado há 9 horas
Bruno Samudio dá entrevista emocionante: 'Quero que me conheçam pelos meus feitos'
Bruno Samudio - Divulgação/Instagram

Bruninho Samudio agora só usa o diminutivo de seu nome entre amigos e família. Ele quer reforçar sua nova assinatura, que, em tese, foi idealizada pela mãe, Eliza Samudio, muito antes de seu nascimento: chamá-lo como o pai, goleiro famoso na época em que ela engravidou. O resto desse enredo é público e todo mundo sabe. É contado em livros, documentários, aulas de Direito e até nos campos de futebol. Só que o jovem de 15 anos deseja protagonizar um novo roteiro.

Goleiro do time Sub-15 do Botafogo, Bruno foi convocado pela terceira vez na seleção brasileira de base. Novamente ele estará usando suas chuteiras, agora patrocinadas pela mesma marca que tem Neymar como embaixador global, na disputa da CONMEBOL Liga Evolução, no Paraguai, a partir do dia 24.

Na última quinta-feira, 11, ele viajou com o elenco para o Tocantins, onde vai treinar até a véspera do campeonato sub-15. Na despedida, no aeroporto, a avó Sônia Moura se emocionou. Afinal, passa um filme na cabeça dela. Desta vez, no entanto, ela não será a única a sentir saudades do neto. Há alguns meses, entrou em cena Amanda Darui, de 16, que foi pedida em namoro com um belo buquê de rosas-vermelhas e um anel de compromisso.

O garoto cresceu e quer escrever os próximos capítulos de sua história. Na vida e nos campos pelo mundo. Abaixo, confira trechos da entrevista concedida ao Extra Online.

Você se lembra como se interessou por ser goleiro? Normalmente os garotos querem ser atacantes...

 

Para ser honesto, sempre tive essa vontade de jogar no gol, foi algo que sempre me chamou a atenção! Por ser muito diferente e desafiador, acho que me identifiquei com a posição. Gosto de desafios e não existe nada mais desafiador do que ser goleiro, já está no meu DNA! Mais tarde, descobri pela minha avó que minha mãe também era goleira quando era mais jovem.

Da escolinha até os treinos, qual o momento mais importante do qual se lembra da sua atuação lá em Campo Grande (MS), onde foi criado?

 

Eu me recordo que o momento mais importante para mim foi quando eu tinha 9 anos e tive meu primeiro ano jogando como goleiro. Porém, dessa vez, de verdade, com competições etc. O professor Harada que me ajudou nessa transição e fomos felizes no final do ano, pois conquistamos um título estadual (antes ele treinou no futebol de salão até migrar para o campo).

Depois veio o Athlético Paranaense... Como classificaria essa experiência lá? Num placar de 0 a 10, qual a nota?

 

Experiencia nota 10, não tenho o que reclamar do clube que me abriu as portas para essa minha trajetória no futebol. Fui muito feliz lá, aprendi e absorvi muitas coisas boas e fiz amizades que levarei comigo. Foi o clube que me ensinou boa parte do que sei hoje, os profissionais que trabalham lá são todos competentes e nos ensinan não apenas como sermos bons jogadores, mas sim como ser também boas pessoas.

Agora já faz pouco mais de um ano que você e sua avó se mudaram para o Rio. Quais foram os momentos mais tensos da sua adaptação à cidade?

 

No começo foi um pouco complicado... Por ser uma cidade totalmente diferente de Curitiba. Eu sou de Campo Grande, lá é calor, porém, fiquei muito tempo no Paraná e a capital é fria, então, me acostumei com o clima de lá, e vir pra cá, foi voltar pro calor... Agora me sinto em casa novamente, já passou o tempo de adaptação.

Pelo que vejo, estar no Botafogo te colocou em outro patamar: atingiu ótimos resultados, sua defesa melhorou ainda mais e isso te levou à seleção. Estar com o uniforme oficial, representando o Brasil, desperta que sentimento?

 

O Botafogo é um dos maiores clubes do Brasil e vir pra cá me ajudou muito, pois aqui, a forma como o clube trata os jogadores e nos auxilia ajuda muito a performar dentro de campo, como consequência do trabalho conjunto. Isso me levou à seleção brasileira. E o sonho de toda garotada é chegar na seleção e ter essa sensação de representar nosso Brasil. É algo que palavras não podem descrever (no último campeonato, no qual a seleção foi campeã, Bruno levou um total de zero gol).

Nessa sua mudança, você acabou, inclusive, conhecendo o amor. Como o namoro caminha com este início de carreira?

 

A Amanda é uma pessoa que eu conheço desde pequeno. Não tínhamos muito contato, porém, minha avó e a mãe dela são amigas de longa data, e o destino fez a gente se conhecer. Ela é uma mulher que tem me ajudado muito a ser uma pessoa melhor! Cada dia eu aprendo mais com ela. E Amanda é assim como eu, discreta e mais no canto dela, e foi isso que mais me chamou atenção nela.

Apesar de só ter 15 anos, você tem respostas de alguém muito maduro e pé no chão. Mas com uma história que o Brasil e o mundo conhecem, muita gente acha que ela está sendo reescrita, dado, inclusive, às coincidências que te colocam no gol. Que história você quer que as pessoas conheçam daqui pra frente?

​Eu acredito que não estou reescrevendo minha história e, sim, apenas começando. Quero deixar um legado de aprendizado e esperança para quem quer começar. Sou apenas mais um jovem sonhador que nasceu com o dom de ser goleiro e quer fazer desse sonho sua profissão. Quero que as pessoas me conheçam pelos meus feitos e não pelo meu passado! Quero ser luz para essas pessoas jovens que enfrentam dificuldades.

 

FONTE: Por Extra Online
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