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Após 'passaralho', ameaça de ataque à bomba leva OAB-RJ a suspender atividades

03/07/2025 20h24 - Atualizado há 7 horas
Após 'passaralho', ameaça de ataque à bomba leva OAB-RJ a suspender atividades
A advogada Ana Tereza Basílio Foto: reprodução

Depois de viver às turras com ex-funcionários, tendo demitido centenas deles de uma vez assim que assumiu o cargo, em 2024, o que no popular da CUT se chama de "passaralho", enfrentando por isso muitas ações na justiça trabalhista, a nova presidente da OAB/RJ, a arrogante Ana Tereza Basílio, anda enfrentando crise sem precedentes. Agora, a notícia grave de ameaça de bomba na sede da instituição, na Av Marechal Câmara, no Castelo.

O pânico é tanto que a mandachuva da classe dos advogados fluminenses mandou seus agora pouquíssimos funcionários (o prédio anda vazio, feito um mausoléu; ela deve ter mais empregados no palacete da Urca, onde mora) fecharem as portas ao meio-dia nesta quinta-feira (3), com medo do tibum. Em nota, a entidade informou que "todas as atividades previstas foram canceladas".

A decisão foi tomada após alerta emitido por autoridades da área de segurança pública na noite dessa quarta-feira (2). A ameaça estaria "relacionada a extremistas", sem explicar o quanto de extrema é uma solitária decisão de deixar centenas de trabalhadores - pais de família - sem emprego, de uma hora para outra, alguns à beira da aposentadoria.

Carta-bomba

Em 27 de agosto de 1980, durante o regime militar, a secretária da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Lyda Monteiro, foi morta ao abrir uma carta-bomba, revelou a Comissão da Verdade do Rio de Janeiro (CEV-Rio), vinculada ao governo do estado. A correspondência era endereçada ao então presidente da entidade, Eduardo Seabra Fagundes, mas foi aberta por Lyda, secretária dele. Na época, a OAB denunciava desaparecimentos e torturas de perseguidos e presos políticos.

Em 2015, a Comissão Estadual da Verdade (CEV) revelou os nomes dos envolvidos no atentado contra a sede da OAB-RJ, que resultou na morte de Lyda.

Com base em depoimentos de testemunhas, fotos e retratos falados, a comissão identificou a participação do sargento Magno Cantarino Motta, codinome Guarany, que entregou a bomba pessoalmente na sede da OAB; o sargento Guilherme Pereira do Rosário, que confeccionou o artefato e o coronel Freddie Perdigão Pereira, que coordenou a ação.

A elucidação do caso foi possível após a identificação de uma testemunha ocular que trabalhava na OAB quando ocorreu o atentado. (com Agência Brasil)

Resposta da OAB RJ

A assessoria de imprensa da OAB RJ informou ao JB que:

"A ameaça de atentando ao prédio não tem qualquer relação com a reforma administrativa, mas, segundo autoridades de segurança pública, com suposta motivação racial, em razão de evento que seria realizado na Seccional - o que ainda está sendo apurado".


FONTE: Por Jornal do Brasil
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