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Assistência psiquiátrica e psicológica cresce 28,07% em Maceió e recua 3,27% em Arapiraca

Samu reforça capacitação de profissionais para garantir atendimento humanizado a pacientes

30/06/2025 18h05 - Atualizado há 3 horas
Assistência psiquiátrica e psicológica cresce 28,07% em Maceió e recua 3,27% em Arapiraca
De janeiro a maio deste ano, foram registrados 908 atendimentos

Arnaldo Santtos / Ascom Samu
 

Dados dos setores de estatísticas da Central do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) apontam para um aumento expressivo nos atendimentos psiquiátricos e psicológicos realizados em Maceió nos primeiros cinco meses de 2025. De janeiro a maio deste ano, foram registrados 908 atendimentos, contra 709 no mesmo período de 2024 – um crescimento de 28,07%. Já em Arapiraca, os números registraram leve redução: 306 atendimentos em 2024 para 296 em 2025, uma diminuição de 3,27%.

 

Os atendimentos incluem casos de surtos psicológicos, crises de ansiedade, depressão, tentativas de suicídio e uso de substâncias psicoativas como álcool, maconha e cocaína. Somando as duas centrais, os atendimentos podem chegar a 14 por dia em todo o estado.

 

De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), houve um aumento de 65% nas mortes por suicídio entre adolescentes de 10 a 19 anos nos últimos cinco anos, o que evidencia a urgência do debate e da ampliação das estratégias de prevenção e cuidado com a saúde mental.

 

A coordenadora do Samu Maceió, Beatriz Santana, destaca a importância da capacitação permanente das equipes para lidar com esse tipo de ocorrência. “Os agravos relacionados à saúde mental têm aumentado significativamente, e por isso temos investido em cursos específicos oferecidos pelo Núcleo de Educação Permanente (Nep), como o APH [Atendimento Pré-Hospitalar] básico e avançado, além da capacitação dos profissionais de teleatendimento. Isso é fundamental para garantir um atendimento humanizado e eficaz”, afirma.

 

Beatriz explica ainda que os atendimentos psiquiátricos exigem preparo técnico e emocional das equipes. “Nossos profissionais estão treinados para acolher pacientes em surto, seja em casa ou nas ruas. No entanto, é importante que a população compreenda que, em alguns casos, é necessário aguardar o apoio das operações especiais da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros, especialmente quando há risco de suicídio, para garantir a integridade do paciente, da família e da própria equipe”.

 

As causas dos transtornos mentais são diversas e muitas vezes relacionadas a situações vulneráveis, como problemas econômicos, desestruturação familiar, conflitos amorosos, uso abusivo de drogas, entre outros fatores. A ansiedade, por exemplo, atinge 10% da população brasileira, colocando o Brasil como o país mais ansioso do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

Ansiedade

 

Entre os sintomas mais comuns estão irritabilidade, insônia, inquietação, dores de cabeça, diarreia e sensação de perda de controle. De acordo com especialistas, o chamado Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) pode ser tratado de forma mais eficaz quando suas causas são reconhecidas e enfrentadas precocemente. Isso evita o agravamento do quadro para uma depressão crônica ou episódios suicidas.

 

O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, enfatiza o compromisso da gestão com a saúde mental. “A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) tem se empenhado em capacitar os profissionais não apenas do Samu, mas de toda a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), que é fundamental para garantir assistência integral à saúde mental da população. A RAPS atua desde a atenção básica até os cuidados especializados, promovendo ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde mental dentro do SUS”, destaca.

 

Ajuda

 

Para quem enfrenta algum transtorno ou conhece alguém em sofrimento psíquico, é fundamental buscar ajuda o quanto antes. Além dos atendimentos do Samu 192, a população pode contar com os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), o Centro de Promoção à Saúde, Educação e Amor à Vida (Cavida) pelo telefone (82) 9.8879-2710, que atende gratuitamente às pessoas que têm vulnerabilidade social e apresentam ansiedade, depressão e apresentou tentativa de suicídio, e o Centro de Valorização da Vida (CVV), que atende gratuitamente pelo número 188.

 

No link, o passo a passo do atendimento psicossocial, orientação para os familiares: https://cidadao.saude.al.gov.br/servicos/caps/


FONTE: Governo de Alagoas
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