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Bolsonaro não consegue mostrar força e ato no Rio flopa geral

Ato em Copacabana teve adesão abaixo do esperado e foi interpretado como sinal de desgaste político.

16/03/2025 19h50 - Atualizado há 2 semanas
Bolsonaro não consegue mostrar força e ato no Rio flopa geral
Foto: Reprodução

Neste domingo (16/3), Jair Bolsonaro voltou às ruas para mobilizar sua base política. Mas a manifestação convocada pelo ex-presidente reuniu apenas 18,3 mil pessoas em Copacabana, no Rio de Janeiro, o que foi considerado um movimento flopado, pois os organizadores esperavam 1 milhão de apoiadores.

O pretexto da manifestação era defender a anistia dos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. No entanto, o evento também teve um tom de uma tentativa insana de salvar Bolsonaro.

Em vias de ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-mandatário afirmou que, mesmo “preso ou morto”, continuará sendo um “problema” para o Supremo Tribunal Federal (STF).

O ato, que inicialmente prometia uma grande mobilização de 1 milhão de pessoas, acabou demonstrando sinais de enfraquecimento do ex-presidente no cenário político.

Com uma presença de público bem abaixo das expectativas e dos números de manifestações anteriores, a convocação de Bolsonaro revelou dificuldades para manter sua base ativa e engajada.

A análise dos colunistas

Os colunistas do Estadão interpretaram a manifestação sob diferentes perspectivas, mas com um ponto em comum: o evento serviu menos para pressionar o STF e mais como um termômetro da influência política de Bolsonaro.

Ricardo Corrêa apontou que Bolsonaro falhou em seu principal objetivo: demonstrar força.

O ex-presidente esperava um ato massivo para reafirmar sua relevância, mas reuniu um número bem menor de apoiadores do que em ocasiões anteriores.

A tentativa de vincular sua possível prisão a um cenário de caos social, discurso reforçado pelo pastor Silas Malafaia no evento, não teve o impacto esperado.

Para Corrêa, até mesmo os bolsonaristas parecem cansados de um discurso desconectado das preocupações reais da população.

Fabiano Lana foi ainda mais incisivo, descrevendo o ato como um “funeral político” de Bolsonaro.

Segundo ele, a inelegibilidade do ex-presidente, imposta pela Justiça Eleitoral, já o transformou em um “cadáver político”, e a manifestação em Copacabana serviu apenas para consolidar esse cenário.

Lana também destacou que, nos bastidores, há uma disputa pelo “espólio político” de Bolsonaro, com figuras como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, de olho no eleitorado bolsonarista para 2026.

Francisco Leali, por sua vez, ressaltou que a manifestação foi um movimento estratégico para tentar resgatar a imagem de Bolsonaro e manter a “chama acesa” entre seus apoiadores.

Ele observou que, embora Copacabana não tenha enchido como o esperado, a narrativa bolsonarista encontrou um novo eixo: a defesa da anistia dos condenados pelo STF.

Além disso, Leali destacou o apelo internacional da manifestação, com mensagens direcionadas aos Estados Unidos e referências ao ex-presidente Donald Trump, visto por parte da base bolsonarista como um aliado em sua luta política.

Um líder em declínio?

O ato de Bolsonaro em Copacabana não teve a grandiosidade esperada, e os números indicam um possível desgaste de sua liderança.

O ex-presidente, que já conseguiu reunir multidões no passado, agora se vê diante de uma base menos mobilizada e de um futuro político incerto.

A defesa da anistia aos condenados do 8 de janeiro pode ser a nova bandeira do bolsonarismo, mas o evento também revelou um Bolsonaro em busca de sobrevivência, tentando provar que ainda tem força para influenciar a política brasileira.


FONTE: Por BNC
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