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20/02/2024 às 00h34min - Atualizada em 20/02/2024 às 00h34min

Após fala de Lula, EUA pedem que Conselho de Segurança freie genocídio de Netanyahu

Governo Biden pediu cessar-fogo um dia depois da condenação feita pelo presidente Lula ao genocídio do povo palestino

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Joe Biden, Benjamin Netanyahu, Faixa de Gaza e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ueslei Marcelino / Reuters I Divulgação)

Um dia depois da dura condenação feita pelo presidente Lula ao genocídio promovido pelo governo de Benjamin Netanyahu em Gaza contra o povo palestino, Israel sofreu sua mais dura derrota deste o início do massacre. O governo de Joe Biden, nos Estados Unidos, fez um projeto alternativo de resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) pedindo um cessar-fogo temporário na Faixa de Gaza, onde os crimes das forças israelenses resultaram na morte de quase 30 mil palestinos desde 7 de outubro do ano passado.

O governo americano emitiu o texto porque Israel planeja atacar a cidade de Rafah. Mais de 1 milhão dos 2,3 milhões de palestinos em Gaza procuraram abrigo no município localizado ao Sul de Gaza. "Nas atuais circunstâncias, uma grande ofensiva terrestre em Rafah resultaria em mais danos aos civis e no seu maior deslocamento, incluindo potencialmente para países vizinhos", afirmou o documento, segundo a Reuters.

De acordo com o texto, a iniciativa do governo israelense "teria sérias implicações para a paz e segurança regionais e, portanto, sublinha que uma ofensiva terrestre tão importante não deveria prosseguir nas atuais circunstâncias".

O genocídio de Israel contra palestinos também foi condenado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Neste domingo (18), o chefe de Estado comparou o genocídio em Gaza com o extermínio de judeus realizado por Adolf Hitler na Alemanha nazista. "O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus", disse o chefe de Estado a jornalistas em Adis Abeba, na Etiópia.
 

No sábado (17), Lula afirmou que a solução definitiva para a guerra na Faixa de Gaza vai ocorrer "se avançarmos rapidamente na criação de um Estado palestino". "Ser humanista hoje implica condenar os ataques perpetrados pelo Hamas contra civis israelenses, e demandar a liberação imediata de todos os reféns. Ser humanista impõe igualmente o rechaço à resposta desproporcional de Israel, que vitimou quase 30 mil palestinos em Gaza – em sua ampla maioria mulheres e crianças – e provocou o deslocamento forçado de mais de 80% da população".

Após ser declarado persona non grata pelo governo de Israel, o presidente Lula recebeu o apoio de lideranças da esquerda e de internautas. O jornalista Breno Altman também anunciou o Manifesto Lula Tem Razão em apoio ao presidente da República.
 


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