Segundo o presidente, os militares sabem o que é melhor para o povo e para o país. Em raro aceno ao Judiciário, Bolsonaro cumprimentou o ministro Luíz Barroso por ter convidado as Forças Armadas a acompanharem protocolos do TSE.
Durante cerimônia de celebração do Dia do Exército em Brasília, nesta terça-feira (19), Bolsonaro afirmou que as Forças Armadas "sabem como proceder" e "sabem o que é melhor para o seu povo".
"As Forças Armadas não dão recados. Elas estão presentes. Elas sabem como proceder. Sabem o que é melhor para o seu povo, o que é melhor para seu país", discursou.
Dirigindo-se aos presidentes da Câmara e do Senado – Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, respectivamente – que estavam presentes, Bolsonaro disse que a "alma da democracia" depende da transparência do sistema eleitoral.
"Todos sabem, prezado deputado Arthur Lira, prezado senador Rodrigo Pacheco, que a alma da democracia repousa na tranquilidade e na transparência do sistema eleitoral, sistema esse que deve ser cada vez mais zelado por todos nós. E quem dá o norte para nós são as urnas, que ali fazem surgir não só presidente da República bem como a composição do nosso Parlamento."
Em seguida, o chefe do Executivo declarou que todos os presidentes de poderes devem ter compromisso com a segurança das eleições.
"Não podemos jamais ter eleição no Brasil que sob (sic) ela paire o manto da suspeição. E esse compromisso é de todos nós, presidentes dos Poderes, comandantes de Força, aqui obviamente direcionado ao trabalho do senhor ministro da Defesa", completou.
Em um raro aceno de proximidade com Judiciário, Bolsonaro cumprimentou o ministro do STF, Luís Roberto Barroso, que presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até fevereiro.
"Eu tenho certeza que as eleições do corrente ano seguirão o seu ritmo normal. Até porque, eu quero cumprimentar aqui o ministro Luís Barroso que, enquanto presidente do Tribunal Superior Eleitoral, convidou as Forças Armadas, repito, convidou as Forças Armadas a participar de todo o processo eleitoral."
Anteriormente, o presidente já fez diversos ataques às urnas eletrônicas, o que o levou a ser investigado no STF e no TSE. (com agência Sputnik Brasil)