Bomba em Alagoas: Pai de Breno Albuquerque foi condenado por improbidade administrativa em escândalo de “funcionários fantasmas”
A ação, movida pelo Ministério Público Estadual, revelou um esquema milionário em que servidores indicados por Dudu Albuquerque recebiam salários sem jamais comparecer ao trabalho
A redação
09/09/2025 13h57 - Atualizado há 3 dias
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Um escândalo político do passado volta a assombrar os bastidores do poder em Alagoas. Documentos oficiais da Justiça comprovam que Edwilson Fábio de Melo Barros, o ex-deputado estadual Dudu Albuquerque, pai do atual parlamentar Breno Albuquerque, foi condenado por ato de improbidade administrativa em um dos mais rumorosos processos da década passada: o caso dos “funcionários fantasmas” da 5ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), em Arapiraca.
A ação, movida pelo Ministério Público Estadual, revelou um esquema milionário em que servidores indicados por Dudu Albuquerque recebiam salários sem jamais comparecer ao trabalho. Segundo a sentença, foram desviados mais de R$ 380 mil dos cofres públicos por meio de contratações políticas que não resultaram em nenhuma prestação de serviço efetiva  .
Como funcionava o esquema
De acordo com o processo, os supostos servidores eram nomeados em cargos comissionados, mas:
• não exerciam suas funções;
• assinavam frequência em casa ou de forma irregular;
• recebiam salários integrais sem trabalhar.
A investigação apontou que tudo acontecia sob o patrocínio direto de Dudu Albuquerque, que, além de indicar os nomes, mantinha o silêncio diante das irregularidades. O esquema só veio abaixo após denúncias ganharem repercussão na imprensa estadual e nacional.
A sentença: condenação exemplar
Na decisão, a Justiça de Alagoas foi categórica ao responsabilizar Dudu Albuquerque. O ex-deputado foi condenado às seguintes penas:
• ressarcimento integral dos danos causados ao erário, de forma solidária com outros réus;
• pagamento de multa civil equivalente ao valor desviado;
• suspensão do direito de contratar com o Poder Público ou receber benefícios fiscais por 5 anos  .
O juiz destacou que o ex-parlamentar só buscou se eximir das irregularidades depois que o caso ganhou grande repercussão pública, reforçando o dolo e a gravidade do ato de improbidade.
O peso político sobre Breno Albuquerque
O caso reacende uma ferida política para a família Albuquerque. Breno, herdeiro político de Dudu, enfrenta agora uma série de crises após sua prisão em flagrante por dirigir embriagado e causar acidente em Maceió, episódio que já manchou sua imagem pública.
A revelação da condenação do pai, associada aos recentes escândalos pessoais e políticos do filho, constrói uma narrativa devastadora: uma família marcada por denúncias, processos e irresponsabilidades no trato com a coisa pública e com a sociedade.
Repercussão
Nos bastidores da Assembleia Legislativa, a condenação de Dudu Albuquerque e a turbulência vivida por Breno são vistas como um duro golpe no grupo político. Analistas afirmam que a lembrança do passado, somada aos erros do presente, pode comprometer a sobrevivência política do clã Albuquerque nas próximas eleições.
Enquanto isso, cresce a cobrança da sociedade por mais transparência, ética e responsabilidade. O caso Dudu-Breno é apontado como um exemplo de como o velho e o novo da política alagoana podem repetir os mesmos vícios — colocando interesses pessoais e familiares acima do interesse público.
Conclusão: A condenação de Dudu Albuquerque por improbidade administrativa não é apenas um episódio judicial do passado. É um fantasma político que agora assombra diretamente o futuro de seu filho Breno, já envolto em escândalos e críticas severas. A família Albuquerque, que buscava projetar uma imagem de renovação, vê-se hoje afundada em denúncias que expõem a face mais sombria da política alagoana.
FONTE: Jornalismo News