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13/02/2022 às 00h35min - Atualizada em 13/02/2022 às 00h35min

Governador do PSB recebe ex-juiz suspeito Moro e pode implodir federação

Renato Casagrande festeja Sérgio Moro e cria enorme dificuldade para chance de um acordo entre o seu PSB e o PT

Agenda Poder

O ex-juiz e pré-candidato à Presidência da República Sergio Moro (Podemos), maior desafeto de Lula e responsável pela sua condenação e prisão ilegal, porque resultado de ação suspeita e parcial, assim sentenciada pelo STF, foi recebido com pompa na manhã deste sábado (12) pelo governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), na residência oficial do chefe do executivo estadual, em Vila Velha, na Grande Vitória.

O encontro aconteceu em meio a negociações do PSB com o PT – que tem o ex-presidente Lula como pré-candidato à Presidência – vistas às eleições de 2022.

Os dois partidos negociam a formação de uma federação para atuar de forma unitária durante os próximos quatro anos. Na quinta-feira (10), dirigentes das duas legendas fizeram um terceiro encontro em Brasília para discutir candidaturas unificadas nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo e Espírito Santo.

Além disso, o PSB é um dos partidos ao qual o ex-tucano Geraldo Alckmin, que é cotado para a vaga de vice na chapa de Lula, pode se filiar.

A assessoria de Casagrande diz que ele está “à disposição para receber as lideranças políticas que queiram conversar sobre o futuro do Brasil e do Espírito Santo” e que também já se reuniu com João Doria (PSDB), Ciro Gomes (PDT) – ambos também pré-candidatos à Presidência –, Cabo Daciolo e e Eduardo Leite (PSDB).

Nenhum deles, no entanto, botou Lula na cadeia ilegalmente e por meio de abuso de poder declarado pelo Supremo.

Durante o café, Casagrande e Moro conversaram sobre infraestrutura, segurança pública, meio ambiente e relações internacionais.

A atitude de Casagrande, caso não seja questionada por seu próprio partido, pode inviabilizar qualquer entendimento entre o PT e o PSB.

Moro é o inimigo de Lula – e inimigo declarado não apenas por ele, mas assim compreendido pelo STF, em julgamento formal.

Por meio de seus abusos e atitudes incompetentes e suspeitas, julgou Lula quando ele devia ter sido julgado em São Paulo, comandou o ministério público (seus subordinados da Lava Jato), o que é ilegal, condenou Lula por fatos indeterminados e, portanto, sem provas. Ao condenar e prender o ex-presidente, o impediu de ser candidato à presidência quando era favorito à eleição de 2018, e agindo assim ajudou a eleger Bolsonaro, foi ressarcido com um cargo de ministro e uma promessa de vaga no STF.

Abusos, ilegalidades, ação partidária e política para influenciar a eleição presidencial.

Mesmo assim, apesar de tudo isto, o maior desafeto de Lula e, certamente, um dos maiores responsáveis pela situação dramática que o Brasil está vivendo, é recebido festivamente pelo governador de estado que pertence ao partido que jura de pés juntos que quer se aliar ao PT.

Ou o governador não tem ligação honesta com o partido ou partido não tem relação honesta com Lula e o PT.


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