O suicídio assistido, prática legalizada na Suíça e em alguns outros países, levanta profundas questões éticas e filosóficas. Embora muitos o vejam como uma saída para o sofrimento físico e emocional, os princípios espiritualistas e as pesquisas científicas que exploram a imortalidade da alma revelam que a morte, como entendida convencionalmente, é uma ilusão. A partir da Transcomunicação Instrumental (TCI) e dos estudos sobre reencarnação, podemos comprovar a continuidade da vida após o desencarne e compreender que a existência terrena é apenas uma fase de um processo mais amplo.
A Transcomunicação Instrumental e as Evidências da Vida Após a Morte
A Transcomunicação Instrumental, ou TCI, é um campo de estudo que investiga a possibilidade de comunicação com entidades espirituais através de dispositivos eletrônicos. Este fenômeno, estudado em todo o mundo, fornece evidências convincentes da sobrevivência da consciência além da morte física. Pesquisadores renomados, como o físico Klaus Schreiber e o professor Ernst Senkowski, documentaram gravações e mensagens vindas de seres desencarnados. Esses registros sugerem que a morte não representa o fim da existência, mas uma transição para outra forma de vida.
Na TCI, as mensagens recebidas muitas vezes relatam que o suicídio, seja assistido ou não, não resulta na cessação da dor, mas, ao contrário, pode prolongá-la em outros planos de existência. As comunicações espirituais indicam que a alma, ao desencarnar abruptamente, ainda carregará as questões emocionais e espirituais não resolvidas, encontrando-se muitas vezes em estados de sofrimento ou confusão.
Reencarnação e as Lições da Alma
A ideia de reencarnação, amplamente discutida no Espiritismo, reforça a visão de que a vida física é apenas uma etapa no ciclo evolutivo da alma. Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, explica em suas obras, como O Livro dos Espíritos, que o espírito retorna à Terra várias vezes, em diferentes encarnações, para aprender, evoluir e reparar os erros do passado. Segundo essa perspectiva, a morte, longe de ser o fim, é um intervalo entre experiências físicas, sendo que cada existência tem um propósito educativo e transformador.
Estudos científicos contemporâneos também sustentam a tese da reencarnação. Pesquisadores como Ian Stevenson e Jim Tucker, da Universidade de Virgínia, documentaram milhares de casos de crianças que relatam memórias de vidas passadas, muitas das quais foram verificadas com base em evidências históricas e factuais. Essas pesquisas trazem suporte à ideia de que a consciência persiste além da morte, e que o suicídio assistido não resolve o ciclo das dores e desafios, mas apenas interrompe temporariamente um processo de aprendizado.
Chico Xavier e a Visão Espírita sobre o Suicídio
Chico Xavier, o mais famoso médium brasileiro, deixou um legado de amor e compaixão, transmitindo ensinamentos profundos sobre a vida após a morte e as consequências espirituais do suicídio.
154 – Quais as primeiras impressões dos que desencarnam por suicídio?
A primeira decepção que os aguarda é a realidade da vida que se não extingue com as transições da morte do corpo físico, vida essa agravada por tormentos pavorosos, em virtude de sua decisão tocada de suprema rebeldia.
Suicidas há que continuam experimentando os padecimentos físicos da última hora terrestre, em seu corpo somático, indefinidamente. Anos a fio, sentem as impressões terríveis do tóxico que lhes aniquilou as energias, a perfuração do cérebro pelo corpo estranho partido da arma usada no gesto supremo, o peso das rodas pesadas sob as quais se atiraram na ânsia de desertar da vida, a passagem das águas silenciosas e tristes sobre os seus despojos, onde procuraram o olvido criminoso de suas tarefas no mundo e, comumente, a pior emoção do suicida é a de acompanhar, minuto a minuto, o processo da decomposição do corpo abandonado no seio da terra, verminado e apodrecido.
De todos os desvios da vida humana o suicídio é, talvez, o maior deles pela sua característica de falso heroísmo, de negação absoluta da lei do amor e de suprema rebeldia à vontade de Deus, cuja justiça nunca se fez sentir, junto dos homens, sem a luz da misericórdia.
Livro: O Consolador
Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel
FEB – Federação Espírita Brasileira
Em outros autores obras, psicografado pela médium espírita brasileira Yvonne do Amaral Pereira e ditado pelo espírito Camilo Cândido Botelho, é descrito o estado de sofrimento intenso em que os espíritos que cometem suicídio se encontram no plano espiritual. Ao abandonar o corpo de forma deliberada, esses espíritos percebem que a vida continua e que as dores e angústias não são eliminadas com a morte.
Segundo a visão espírita, o suicídio assistido na Suíça e em outros lugares, apesar de ser legalizado e muitas vezes visto como um alívio para o sofrimento físico, é um ato que vai contra as leis naturais da evolução espiritual. O sofrimento que experimentamos na Terra, seja ele físico, emocional ou mental, faz parte de um plano maior de aprendizado, e sua interrupção prematura não significa a libertação, mas a postergação do trabalho espiritual necessário.
A Ilusão da Morte
A morte, segundo o Espiritismo e outras tradições espiritualistas, não existe no sentido absoluto. O que chamamos de morte é, na verdade, uma transição da alma para outro estado de consciência. A ciência moderna já começa a explorar a natureza da consciência como algo que não está limitado ao cérebro físico. Pesquisas em experiências de quase morte (EQMs) mostram que, em muitos casos, a consciência continua ativa mesmo após a parada das funções vitais. Esses relatos corroboram a tese da imortalidade da alma, sustentada por Allan Kardec e amplamente ilustrada nas obras de Chico Xavier.
Conclusão: O Caminho da Vida e do Amor